12/01/2024 - Por SindPrevs

Sem reajuste ....

Mobilização
Sem reajuste ....
Imagem reprodução SindPRevs

GOVERNO EXCLUI MAIORIA DAS CARREIRAS DO EXECUTIVO FEDERAL E ASSINA ACORDO PRIVILEGIANDO ALGUNS SETORES, COMO AS CORPORAÇÕES ARMADAS


Os acordos fechados com as corporações federais armadas e algumas carreiras específicas demonstram que o governo de frente ampla não aprendeu nada com os erros do passado, quando apostou privilegiar apenas determinadas carreiras “protegidas pelo Estado”, deixando os demais setores estratégicos como Saúde, INSS, Educação e Seguridade Social, que atendem a milhões de brasileiros, novamente a pão e água, sendo tratados com total desrespeito.

É um tratamento injusto para quem deu literalmente a vida para salvar 37 milhões de brasileiros na maior pandemia deste século. Servidores que foram determinantes para assegurar o pagamento de auxílio e benefícios às pessoas em situação de extrema vulnerabilidade social e desprovidas de qualquer recurso, bem como na vigilância à saúde e disponibilização de vacinas.

Nos governos anteriores (Temer e Bolsonaro), os(as) servidores(as) do Executivo Federal tiveram imensas perdas salariais com a falta de reajuste conforme a inflação, com necessidade de haver recomposição salarial de mais de 50% para a maioria das carreiras.

Em continuidade à política anterior, a proposta do governo para 2024, lamentavelmente, é reajuste 0% para os(as) servidores(as) do Executivo Federal, ampliando ainda mais a defasagem salarial destes(as) trabalhadores(as). A proposta de reajuste nos benefícios do auxílio alimentação, escolar e plano de saúde, exclui mais de 500.000 aposentados e parcela dos ativos que não têm filhos ou não têm plano de saúde privado.

As entidades que compõe o FONASEFE não aceitarão este tratamento discriminatório e vão à luta nas ruas fazendo pressão no congresso nacional. Nada justifica este tratamento privilegiando para alguns setores em detrimento de outros

REAJUSTES DISCRIMINATÓRIOS

Após indicar que no ano de 2024, o conjunto dos federais irá amargar mais um período de arrocho salarial cujas perdas salariais acumuladas chegam a 60%, o Governo encaminhou a restruturação de diversas carreiras, Funai, DNPM, Tecnologias, entre outras como para as polícias Federal (PF) e Rodoviária Federal (PRF), que poderão ter reajuste de até 27%.

No começo do atual mandato do Presidente Lula, foram anunciadas as Mesas Nacionais de Negociação Permanente, com o objetivo de levar adiante as pautas dos Servidores do Executivo. Porém, sem avançar um milímetro sequer, o Governo privilegia determinados setores do Serviço Público que sempre foram beneficiados, em detrimento de outros.

Cabe destacar que diversas categorias possuem inclusive acordo de greve assinado e até a presente data não cumprido. No caso, o acordo de greve de 2022 no INSS, Saúde e Trabalho, prevê, além das pautas relativas à carreira, a incorporação das gratificações, incluindo as parcelas da GDASS ao vencimento básico, a fim de corrigir a grave distorção que leva a vencimentos inferiores ao salário mínimo.

Os cálculos para as incorporações têm valores inferiores aos gastos com pagamento de bônus e outras despesas e, portanto, dentro do orçamento da União. É uma questão de vontade política do governo, fazer avançar as negociações.

A defasagem da Carreira da Seguridade Social – Previdência Social, Saúde e Trabalho, a CPST -, desde a instalação deste processo de negociação, merece atenção e as entidades apresentaram propostas de reestruturação das tabelas salariais. Porém, até agora elas foram ignoradas. Um desrespeito total para categorias que têm a menor remuneração e tabela salarial do Executivo Federal e demonstrou, com a própria vida, a importância do SUS e da política de Saúde Pública.

Após termos barrado essa reposição discriminatória, já divulgada e desejada no governo Bolsonaro, o atual governo, de viés dito popular, após um ano de negociações, sem qualquer discussão, aplica o mesmo remédio, privilegiando algumas carreiras para seus interesses de governo em detrimento da imensa maioria do funcionalismo público.

RESPOSTA É NA LUTA!

O conjunto dos federais deverá dar a resposta com organização, mobilização e greves, por melhorias das condições de trabalho, carreiras, cumprimento dos acordos e reposição das perdas inflacionárias.
Na luta contra a exclusão e congelamento salarial, a diretoria da FENASPS convoca toda a categoria para fortalecer as mobilizações EM 24 DE JANEIRO – DIA NACIONAL DOS APOSENTADOS – com realização de atos em todo o país. Saiba mais aqui.

É fundamental intensificar a mobilização e a luta para o próximo período, em unidade com o FONASEFE, FONACATE E MOSAP, na construção desse importante enfrentamento em defesa dos nossos direitos.

Vamos Construir a Greve para o primeiro semestre de 2024!

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Há trinta e três anos os trabalhadores da Seguridade Social realizavam importante greve com mais de noventa dias de paralisação. No dia 14 de outubro de 1988, na vanguarda de luta de classe, fundaram o SINDPREVS-PR, com objetivo de impulsionar a luta deste setor.

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